A Solidariedade e a busca contínua por laços Inter-humanos. 

Coluna FAT

A Solidariedade e a busca contínua por laços Inter-humanos.

Betania Savaris

Compartilhe



A Solidariedade e a busca contínua por laços Inter-humanos.

A Solidariedade e a busca contínua por laços Inter-humanos.

 

Um mesmo acontecimento é sentido de formas distintas por cada um de nós. Algumas pessoas podem enfrentar o momento atual de forma que sigam bem, outras podem se desorientar. Tudo vai depender dos caminhos já percorridos, suas experiências de vida e o que elas significam para cada um. Desta forma, alguns vão precisar de mais ajuda, enquanto que outros vão lidando bem com as condições psíquicas que possuem, sua capacidade de pensar e ver o mundo. Exemplo disso, é nas conversas com alguns pais, onde observamos que alguns encontraram um caminho que para aquela família deu certo, o que não quer dizer, que para a minha também vai dar.

Por outro lado, nesse percorrido podemos nos deparar com algumas dificuldades, como aproveitar o momento das atividades? Como encontrar um tempo para estar junto? Percebemos que esta tarefa pode ser mais difícil do que pensávamos. Diante do que estamos vivenciando, sermos solidários uns com os outros e manter os vínculos afetivos e sociais, como também, construir novos vínculos que possam nos permitir estar em contato com as pessoas, com o estudo e com o trabalho, é uma forma de estarmos ligados à vida, de sermos criativos, adaptativos, se articulando e buscando novas formas de estar no mundo.

A solidariedade e a busca por laços, mesmo que virtuais, como também, a tentativa de ajudar o outro e também de se deixar ajudar, pode trazer às pessoas alento nesse momento. Neste sentido, o que torna rico o encontro entre escola e família, são os movimentos significativos que tanto professores, como as famílias, tem investido diariamente. Assim, possibilita que este vínculo importante para as crianças siga firme. Como exemplo, os contatos diários dos professores com os alunos, seja através das atividades, os vídeos, vídeo chamada em tempo real, e da mesma forma o contato que as famílias estabelecem com a escola, o envio de fotos das atividades desenvolvidas pelos alunos, a conversa com a professora, e com os vários representantes da escola, coordenação e setor psicológico. Assim, podemos seguir mantendo os laços já estabelecidos. Como cada um de nós vai sair disso que estamos vivendo, só saberemos a posteriori, entretanto, enfrentar este tempo sozinho, talvez não seja a melhor saída.

 

Betania Savaris

Psicóloga Escolar da FAT.